quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Dedicado a uma desconhecida



Teus olhos eram exóticos, penetrantes,
olhei-te intimamente,
fiquei confuso...
Sonhei contigo na noite seguinte...
Invadias-me com uma melancolia abstracta...


Entardecíamos num silêncio alheio,
nossos olhares cruzavam-se,
esboçavam palavras,
clamavam num tempo sem tempo...


A tua beleza era um encanto saudável,
o teu sorriso era doce mas triste...
Nos teus lábios vermelhos e húmidos,
dissimulavas os mais recônditos desejos...


Um suspiro, um olhar de despedida,
é tudo o que resta de ti, da tua vida,
no meu pensamento de poeta fingido,
onde o dia a dia é um poema perdido...




Barão de Campos